sexta-feira, 31 de outubro de 2014


A Web 2.0 e as implicações para a biblioteca escolar – a biblioteca 2.0

Por certo, como expõe Furtado (2009), a “biblioteca escolar por muito tempo foi vista como uma instituição ao serviço do sistema escolar, e o seu acervo, voltado para práticas educacionais adotadas pela escola, na maioria das vezes se restringia a livros didáticos.” (p. 141). Hoje essa realidade está em transformação. 
Os quatro elementos essenciais da biblioteca web 2.0, definidos por Maness (2007), ajudaram-me a estruturar a minha reflexão acerca dos desafios que se colocam atualmente à Biblioteca Escolar e ao Professor Bibliotecário.
I - Biblioteca que se centra nos utilizadores
Os utilizadores da biblioteca deixam de ser vistos como entidades algo abstratas em função das quais se organizam e adquirem recursos. Passam a poder ter um papel de criadores de recursos e serviços de que irão beneficiar ou disponibilizar a outros, num dinamismo de criação e usufruto que tende a confundir e a diluir os contornos que tradicionalmente diferenciavam as funções de bibliotecário e de utilizador.
II - Biblioteca que disponibiliza recursos multimédia
Creio que a interligação entre a literatura, o cinema e a música foi garantindo o lugar dos CD e DVD nas bibliotecas. Do fruir dessas outras linguagens, novos equipamentos e recursos multimedia têm permitido que se vá passando da mera utilização à concepção e produção de registos muitos diversos em que a imagem, o texto, o som e o movimento se conjugam, tal como é característico do desenvolvimento das múltiplas literacias subjacentes a uma utilização plena da web 2.0.
III - Biblioteca socialmente rica 
A abertura da biblioteca aos recursos da web 2.0 inclui a coexistência em (ciber)espaço próprio, a par de uma antecipação da presença dos utilizadores nos (ciber)espaços criados pela biblioteca. Mais do que delimitação de território, trata-se de contribuir para a  existência de oportunidades de afirmação e de comunicação, síncrona e/ou assíncrona, de e entre os utilizadores e professores bibliotecários.
IV - Biblioteca comunitariamente inovadora. 
Também no contexto da web 2.0, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…” A resposta que as bibliotecas escolares conseguirem dar a estes tempos de mudança há de ser fundamental para determinar a forma como se vão enraizando na comunidade educativa onde se inserem. 
No fundo, o desafio mantém-se: tem de ser possível assegurar que os serviços que a biblioteca escolares prestam nas escolas respondem de forma consistente, adequada e desafiante aos princípios estabelecidos nos respetivos Projetos Educativos e às necessidades e interesses da comunidade que atendem. 

Furtado, C. C. (Jul/Dez 2009). Bibliotecas Escolares e Web 2.0: Revisão da Literatura sobre Brasil e Portugal, Em Questão, Porto Alegre, Vol.15, n.º2, 135-150.


Maness, J. M. (Jul/Dez 2007). Teoria da Biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas, Informação & Sociedade, Vol. 17, n.º1, 43-51.

GLOGSTER_CARTAZES INTERATIVOS




Glogster é uma aplicação online que nos permite construir cartazes interativos.
Quem constrói o cartaz pode introduzir e animar texto, imagem ( fotos e pictogramas), sons e videos.
Quem vê o cartaz pode selecionar determinadas zonas assinaladas para aceder às respetivas animações.

Slideshare_Diário de Bordo da Biblioteca

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As fotos que registam momentos de utilização da biblioteca podem ser gradualmente integradas em diaporamas construídos em powerpoint que facilmente se transforme para o slideshare, de forma a poderem ser visualizados no blogue e/ou nos computadores da BE.




quarta-feira, 8 de outubro de 2014